Ex-levantadora diz que racismo persiste no esporte e fala do ouro em Pequim
A história da ex-levantadora Fofão, 48, preencheria vários capítulos de uma enciclopédia do vôlei brasileiro.
Nos 30 anos de carreira profissional (1985-2015), ela disputou cinco edições dos Jogos Olímpicos, ganhou três medalhas e trabalhou com os dois principais treinadores do esporte no país: José Roberto Guimarães e Bernardinho.
Dez anos após o ouro olímpico em Pequim, a ex-atleta dedica-se a projetos pessoais e profissionais. O mais recente é a sua biografia, que será lançada na terça-feira (10).
No livro, conta-se a história de como a tímida Hélia Souza virou Fofão ainda na adolescência, por causa das bochechas proeminentes, além dos momentos mais doloridos, vitoriosos e turbulentos com a seleção brasileira.
Criada na periferia de São Paulo, Fofão diz em entrevista que se vê como referência para mulheres brasileiras e que o racismo ainda é realidade no esporte nacional.
Folha – Hoje é mais fácil para uma menina começar no vôlei do que quando você começou?
Fofão – Hoje existem mais lugares para fazer testes, mas as exigências para uma atleta começar são maiores. Na minha época não pesava tanto a altura, você tinha que gostar do esporte e praticar, aí ia se desenvolvendo. Hoje já procuram um tipo, uma altura.
O que foi determinante para a sua longevidade no esporte?
Sempre cuidei de mim, tive responsabilidade com meu corpo, alimentação, descanso. Quando você cuida do corpo, ele corresponde. Quanto mais velha eu ia ficando, eu ia ficando melhor.
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